quarta-feira, 12 de outubro de 2011

EM CG, DIA DO PROFESSOR: O QUE COMEMORAR NESTA DATA?

15 de outubro: Dia do professor. Do mestre incumbido pela transmissão e geração de conhecimento, na teoria, pelo menos. Mas será que esta data deve ser comemorada? Será que existem motivos para que os professores de Campo Grande festejem seu dia? Acredito que só temos a lamentar todas as percas que tivemos ao longo da história. Vejamos algumas...
Primeiro, lembro que antigamente na educação do município, o professor de nível médio ganhava 2 (dois) salários + 1/3 (um terço) + 20% de regência, que trocando em miúdos hoje representaria cerca R$ 1.525,99. O de nível superior obviamente seria bem mais!Pois bem...
No governo de Antonio Veras, justamente na criação do FUNDEF, o poder executivo e a comissão de elaboração do novo plano de carreira, encabeçada por: João Hélio, Jacinta Vieira e Nerialba Fernandes; simplesmente esqueceram que nós já tínhamos há muito um Estatuto do Magistério e que apesar de que talvez fosse visto por alguns como ultrapassado, porém, já traçava de uma maneira clara, direta e objetiva a vida profissional daqueles que compunha a educação campo grandense. Isso constituiu a primeira grande perda.
Na gestão seguinte, a distribuição de recursos oriundos do FUNDEF/FUNDEB foi mal administrada, pois tínhamos baixos salários a cada final de ano sobrava dinheiro e era rateado entre os professores, o que não deveria acontecer.
Agora, de todas as percas, a mais absurda, aconteceu recentemente. O atual Senhor Prefeito, junto com a maioria daqueles que se intitulam REPRESENTANTES DO POVO, cometeram a maior “COVARDIA” que poderiam fazer: REDUZIRAM A CARGA HORÁRIA DOS PROFESSORES DE 40 PARA 30 HORAS. Para completar, ambos, prefeito e vereadores afirmavam a célebre frase: “FIZEMOS ISSO PARA O BEM DOS PROFESSORES”.
Ora, bolas! Que bem seria esse?
Talvez, se referiam ao ganhar BEM menos! Ser BEM mais insatisfeito! Ter BEM menos poder aquisitivo! Ou, quem sabe, ter BEM mais consciência de não permitir que eles voltem para cometer outras atrocidades dessa natureza, alegando sempre “ESTAMOS PENSANDO EM FAZER O BEM!”.
Com a redução de carga horária, reduziram-se também os salários dos professores, passando apenas para R$ 963.59 e em cima disso apenas os qüinqüênios como vantagens. Aí, para amenizar essa COISA ORRENDA, deram uma complementação de pouco mais de R$ 100,00 - que é ilegal, para pelo menos todo mundo formados ou não, ficar com um salário destinado a quem tem apenas nível médio que é de 1.187,00. Eu pergunto. Isso é incentivo a você professor investir na sua carreira? Ah, que Carreira mesmo heim?
Dizem que de boas intenções o inferno está cheio! Vamos então mandar mais essa!
Temos ainda uma educação fragilizada. Cheia de problemas e como não fosse o suficiente, infelizmente, temos um secretário que pensa estar fazendo uma boa administração. “Tadinho!” Durante todo esse tempo “não tem dado uma dentro”. O que ele faz é tirar de sala de aula uma professora como Bartira para deixá-la somente para fazer fotos de eventos onde cada vez que se promove um, não se está promovendo um evento educacional, e sim, algo para alimentar o seu próprio ego e o seu estrelato. Será que essa criaturinha não tem mania de grandeza? O que estará acontecendo?
Diante do exposto, o que posso dizer é o seguinte: Enquanto a educação for gerenciada pelos olhos da política, ela nunca melhorará, porque jamais vai se olhar a competência do profissional, mas sim, se ele votou ou deixou de votar no prefeito. Por exemplo, o sistema retira os melhores professores de sala de aula para deixar encostados em alguma função - sem nenhum rendimento. Tão somente para beneficiá-lo. Será que isso é benéfico para a educação? Pelo contrário, somente afunda cada vez mais quem já está quase no fundo do poço.
E mais, problemas básicos ainda assolam a educação local, que rasteja em pleno século 21, atrapalhando o seu desenvolvimento. Como: Falta estrutura nas escolas; de políticas públicas voltadas, de fato, para a educação; falta participação dos pais e familiares; falta um sistema educacional que veja o aluno como peça fundamental...
Aí, para agradar os professores “patetas”, os convidam para um jantar de reconciliação. Seria isso um pedido de desculpas pelos aborrecimentos, ou seria tripudiar da cara dos professores chamando-os de maneira educada de retardados?
Que VERGONHA! Não é brinquedo não!

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